Peniel - Face a Face com Deus

PENIEL é estar FACE A FACE COM DEUS. Biblicamente falando foi quando Jacó lutou com Deus (ou com um anjo) , dizendo:" não te deixarei ,enquanto não me abençoares". Quer ser abençoado? Busque ao Senhor!!! Não pelo que Ele pode dar, mas pelo que Ele é. As bençãos vos serão acrescentadas.


Mãe, só tem uma, como se costuma dizer. E nem precisa mais. Sua figura é tão marcante na família que o próprio Senhor se fez carne através de uma. Em qualquer cultura - e a cristã não é exceção -, a maternidade é encarada quase como um ministério, um sacerdócio. Por isso mesmo, também é uma missão complexa, e mesmo a mais consagrada das mulheres precisa do auxílio da Palavra de Deus para cumpri-la bem. Muitas delas encontram uma boa referência na pessoa da mãe do Salvador: ainda que o protestantismo e o catolicismo mantenham algumas divergências sobre o papel de Maria, todas as vertentes do cristianismo concordam que ela foi um exemplo de cuidado, dedicação, responsabilidade e, naturalmente, de amor.
Os princípios cristãos para a maternidade devem ser analisados de forma contextual, mas suas características básicas, como a capacidade de se doar em favor dos filhos, ultrapassa a dimensão do tempo.
A figura da mãe pode ser sintetizada pelo exemplo de Ana em I Samuel: uma mulher estéril que se torna fértil a partir de um encontro terapêutico com Deus e, por isto, entrega este filho para servir ao Senhor. É o exemplo de uma mulher que experimenta a superação de suas limitações por ter "derramado a sua alma perante o Senhor". Uma mulher que ama este filho, mas não de forma possessiva e egoísta. Ela se dispõe a doá-lo para Deus para que ele possa cumprir a vocação para a qual Deus o chamou. Ela continua expressando o seu amor, manifesto através da túnica que tecia para ele ano após ano, e continua se doando sem cobrança nem controle. Assim, nós, mães, somos chamadas a abrir mão de nossas expectativas pessoais para que nossos filhos se sintam livres para desenvolver o potencial que Deus lhes deu, em vez de atender os nossos desejos. O amor materno é um aprendizado para o amor ágape, o amor de Deus que escolhe amar incondicionalmente.
O nascimento de Jesus certamente contribuiu para valorizar a figura da mãe. Houve até uma tentativa de exaltação de Maria, que imediatamente foi redirecionada por Jesus: "Bem-aventurados são os que ouvem a palavra de Deus e a guardam" (Lucas 11.27-28). É interessante notar que, no imaginário popular, Maria é vista como uma figura apagada, passiva, quieta, que sofre calada. Na realidade, ela foi uma mulher valente, corajosa, determinada, que ajudou Jesus a dar o primeiro passo na sua missão pública em Canaã e o acompanhou até a cruz. Seu cântico revela uma mulher bem informada, espiritualmente madura, consciente da revolução de valores que a vinda do Messias iria provocar. Com Maria, somos desafiadas novamente a ser facilitadoras da obra que Deus quer realizar em nossos filhos e através deles. Certamente, a intimidade que Jesus desenvolveu com Deus foi grandemente influenciada pelo exemplo de sua mãe, que pronunciou uma das respostas mais sublimes a Deus: "Que se cumpra em mim conforme a tua palavra", isto é, ofereço-me inteira, até o que tenho de mais íntimo: o meu útero.
Precisamos lembrar que os filhos não nos pertencem. Eles nos foram confiados para encaminhá-los para a vida. Como flechas na mão do arqueiro, cabe a nós dar-lhes direção e impulso para desabrocharem e ocupar o seu lugar único no mundo. Lembro uma palavra de sabedoria proferida pela mãe de Martin Luther King quando lhe perguntaram que educação ela deu ao filho para ele se tornar uma pessoa tão significativa. Ela respondeu, com humildade: "Procurei dar-lhe raízes e asas!" É isto: carinho, sentimento de pertencer e autonomia, liberdade para voar longe, sem culpa.
Ser mãe cristã no mundo de hoje é, em primeiro lugar, fazer uma escolha. A medicina nos dá a oportunidade de determinar se queremos ter filhos, quantos e em que época. Isto é um privilégio que aumenta ainda mais a nossa responsabilidade. Penso que ter um filho é assumir a tarefa de participar da formação desta criança até ela ser capaz de caminhar emocionalmente e espiritualmente sozinha. Isto requer muita dedicação nos primeiros anos de vida, que são comprovadamente os mais influentes. Significa ainda ajudar esta criança a desenvolver o seu potencial, reconhecendo e valorizando os talentos e dons que Deus lhe deu. Somos também chamados a ajudá-los a amar a Deus acima de todas as coisas, e ao próximo como a si mesmo. Isto se dá com o exemplo de vida que precisa ser coerente com aquilo que pregamos.
A principal deficiência de uma mãe é olhar para o filho como um fardo, seja porque ela se exige perfeição, seja porque tem outras prioridades. As mulheres precisam redescobrir o privilégio da maternidade, de poder desenvolver-se afetivamente através desta relação e ser um instrumento da graça de Deus na vida desta criança. Podemos olhar para o filho como um mestre que nos ensina tantas lições essenciais. Para aquelas que não podem ter filhos, eu diria que existem muitas formas de ser fértil e expressar o amor de Deus.
Texto: Isabelle Ludovico da Silva

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Por sugestão de uma amiga, resolvi fazer esse blog e nele pretendo postar as inúmeras mensagens que já selecionamos para colocar nas edições desses mais de dois anos do Informativo TC. Mensagens essas que edificaram minha vida e a de muitas pessoas (segundo relatos recebidos) e que agora poderão edificar a sua também. E porque o nome Peniel? Como o título já diz, Peniel é estar FACE A FACE COM DEUS, e nosso desejo é que através deste blog, você possa ter um encontro real com o Senhor e assim como Jacó, possa ter sua vida transformada.















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